suporte internet

A internet não é apenas uma ferramenta de divulgação, mas um suporte artístico em si. No Cyber Drama, a produção online se torna uma extensão do trabalho visual, onde vídeos, imagens e interações não são apenas conteúdo – são performance, questionamento e crítica.
Me coloco simultaneamente no papel de artista e criador de conteúdo, trazendo reflexões sobre os temas que abordo e transformando o digital em um espaço de experimentação artística. Através da minha produção, questiono como a tecnologia molda nossas identidades, nossas relações e até mesmo a maneira como consumimos arte.
Ao transformar plataformas como YouTube, TikTok e Instagram em meios de expressão, rompo as barreiras entre arte e consumo digital. O conteúdo que crio não segue apenas tendências – ele as tensiona, ressignificando a estética lo-fi, questionando o desejo por atualização constante e expondo as fragilidades do ambiente online.




Mais do que apenas compartilhar meu processo criativo, quero que outras pessoas vejam a arte como um caminho possível dentro da internet. A produção artística não se limita a galerias ou museus – ela também acontece no digital, onde cada vídeo, postagem ou experimento é parte do meu trabalho como artista. A internet serve como um espaço de exposição contínuo, um arquivo vivo onde os processos são datados e comentados em tempo real.
Aqui, a arte não busca apenas acompanhar o fluxo acelerado da informação, mas sim questioná-lo, refletindo sobre seus impactos antes de simplesmente se tornar parte dele. O Cyber Drama existe nesse espaço de interseção: entre documentar e criar, entre viver e arquivar, entre ser e pensar sobre o que se é.
Mais do que um meio de circulação, a internet é uma galeria dinâmica, onde cada interação é um reflexo da relação entre artista, público e tecnologia. A arte digital não é apenas um produto final – é o próprio processo, feito de falhas, conexões e reflexões que se constroem conforme navegamos.
Além disso, essa produção carrega um olhar decolonial sobre a internet, revelando como as dinâmicas do digital refletem desigualdades históricas. Se as imagens perfeitas e os algoritmos ditam padrões, o Cyber Drama subverte essa lógica ao incorporar falhas, ruídos e tecnologias consideradas obsoletas, resgatando a potência do erro e da imperfeição como forma de resistência.
“Afinal, isso não é sobre engolir o choro, é aprender a chorar onde cada gota se torne mar onde eu possa e saiba navegar.”