top of page
002.jpg
VIVA-AO-VIVO-2016-24-02-2025 (1).png
DSC06567.JPG

Em Viva ao Vivo (2016), a imagem torna-se um território de disputa entre o digital e o real, onde a construção da identidade se desdobra em múltiplas camadas e suportes. O pixel sobre o papel simboliza essa transição: um avatar que se reinventa tanto nas telas virtuais quanto nos processos serigráficos, questionando a relação entre autenticidade e representação.

A obra (tela serigráfica)* foi apresentada na exposição "Arte 16" na Galeria Angelina W. Messemberg, em Bauru (SP), como um convite instigante à reflexão sobre a construção e a fluidez da identidade em um mundo hiperconectado, onde a presença online, muitas vezes, se sobrepõe e até mesmo molda a existência offline.

Viva ao Vivo provoca uma reflexão sobre a plasticidade da identidade e as dinâmicas de autoafirmação no contexto tecnológico. A exigência de estar sempre visível, editado e performático esbarra na necessidade de presença real.

A serigrafia aqui é pensada como o gesto que materializa o pixel: cada ponto de tinta carrega a memória da tela, um dado que ganha peso, textura e imperfeição.
Entre o papel e o brilho da tela, existe um território de tradução — onde o que era luz se torna cor, e o que era clique vira impressão.

Trazer o pixel para o papel é também um gesto de resistência à fluidez descartável das telas — é um modo de tornar vivo o que antes existia apenas em trânsito.
Viva ao Vivo
propõe essa fricção entre universos, um lugar de coexistência entre o humano e a máquina.

Onde a reprodutibilidade, alcançada pela ação manual e não pela replicação digital infinita, é uma estratégia artística deliberada: ela critica a perfeição asséptica e a reprodutibilidade instantânea do digital, ressignificando o pixel de uma unidade abstrata de luz para uma marca física, carregada de intenção, textura e acessibilidade, democratizando a imagem e inserindo-a de forma orgânica no cotidiano.

Onde o erro, o desfoque e o ruído digital se tornam vestígios palpáveis da "promoção pessoal através da imagem" – a constante curadoria de feeds e perfis – e a incessante mutação de um mesmo indivíduo no ambiente virtual, onde a identidade é maleável, constantemente reeditada e performática. A obra levanta a questão central e provocadora que me move:

"Se no virtual você pode ser quem quiser, quem você é no mundo real?"

É um convite para que cada um se aproprie da sua narrativa, abrace suas falhas e sua singularidade como elementos constitutivos da sua autenticidade, descobrindo a potência inabalável de uma existência que não precisa ser validada por likes, comentários ou cliques. É sobre a coragem de aceitar o "ao vivo", sentir na pele, com todas as suas vulnerabilidades expostas, e sobre aprender a chorar onde cada gota se torne mar, transformando a dor e a fragilidade em uma fonte de força, empatia e conexão profunda com o eu e com o mundo.

Imponha-se… Viva ao Vivo.

Produção e construção de imagem resultante de ensaio fotográfico, com escolha de imagens, finalizando em montagem para tela serigráfica. Impressão Serigráfica sobre Papel.

viva ao vivo arte.jpg

Viva ao vivo (2016)
Arte Digital e impressão serigráfica.
29,7 x 42cm

Obra exposta em 2016 na exposição : "Arte 16" na na Galeria Angelina W. Messemberg - Bauru , SP.

 © CYBER DRAMA

Isso não é sobre engolir o choro é aprender a chorar onde cada gota se torne mar onde eu possa e saiba navegar.

  • Cinza ícone do YouTube
  • Ícone do Instagram Cinza
  • TikTok
bottom of page